domingo, 5 de abril de 2009

De uma xanxa ao amor

Kelly Rocha e Danilo Alves nos Bastidores do longa experimental "Dê uma Xanxa ao Amor"

Falar do sertão maranhense é falar de um mundo de pessoas humildes, com histórias, culturas, e hábitos muito interessantes.
O filme, "Dê uma Xanxa ao amor", longa experimental, escrito e dirigido por Cícero Filho, com colaboração de roteiro de Paulo Batalha, Kelly e Rocha e Carlinhos Mendes, inicia-se frisando um dos principais hábitos da mulher sertaneja nordestina: quebrar coco babaçu para sobreviver.
A obra mostra, com muita clareza, a simplicidade das pessoas da zona rural; também mostra o quanto valorizam a família, um pedaço de chão e o alimento diário.
O simples fato deste filme ser uma comédia, possibilita a atração do público à obra e, principalmente, mostra, de uma forma bem cômica, um Brasil que não é tão conhecido, sendo esse um "humor" que não é tão explorado. Um povo e uma região sinônimos de miséria mostram que a alegria é o que ainda os sustentam.
Crianças andam descalças num chão de terra; desnudos em meio aos insetos; às vezes almoçam o passarinho que matam e tomam café da manhã com o coco que suas mães quebraram. Nenhum desses problemas consegue tirar o largo sorriso do rosto daquele povo.
O êxodo rural é um dos principais temas do filme. Diante de uma situação corriqueira, a personagem, Xanxa, vê-se sem saída alguma, senão, tentar a sorte na cidade grande. E ainda assim, tal tema foi inicialmente tratado comicamente, não perdendo, sequer, uma chance de fazer o expectador rir.
O que é mais conhecido pelo povo, é a seguinte situação: a chegada de Xanxa à cidade. Muitas pessoas costumam, na vida real, criticar pessoas com características semelhantes às que ela apresentava no meio urbano. Os urbanos costumam chamá-los de matutos, do mato, Chico Bento, Jeca Tatu... Mas Xanxa conseguiu, em meio às dificuldades, dar a volta por cima. A garota gordinha, do interior, cheia de filhos, se apaixonou e deixou alguém apaixonado.

Kelly Rocha e Danilo Alves interpretando cenas do longa experimental "Dê uma Xanxa ao Amor"

A emocionante história de amor acontece entre Xanxa (Kelly Rocha) e Bob (Danilo Alves); aspirante a ator, filho único, garoto rico, bonito, mimado e amado pelo pai Cachorrão (Anthony Flizikowski). Sustentar tal romance até a consumação (casamento) foi difícil para ambos. Bob: assumir à família e aos colegas mauricinhos, um namoro com uma gordinha capiau; Xanxa: permanecer em um romance, mesmo em meio à críticas e sátiras de amigos e ex-namoradas de Bob.
Costumam dizer que o mundo é pequeno, e essa expressão pôde ser concretizada na obra. O pai de Bob e a mãe de Xanxa eram grandes amigos que não se viam há décadas, eles até flertaram na adolescência. Que mundo pequeno!

Bastidores do longa experimental "Dê uma Xanxa ao Amor"

O filme, "Dê uma Xanxa ao amor", traz uma surpresa após a outra; é uma idéia muito original que, com muito sacrifício, pôde ser concretizada. A principal intenção de Cicero Filho, dos produtores , atores e colaboradores, é simplesmente mostrar ao Brasil um povo quase desconhecido, é arrancar risos com a simplicidade de pessoas que podem "até" estar longe dos nossos olhos, mas que é uma realidade constante no nosso Brasil.

"Dê uma Xanxa ao Amor" tem o patrócinio de empresas como a Faculdade Santo Agostinho, Empresa de Ônibus TAVARES, Advogados Associados na pessoa de José Roberto e Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência "Raimundo Lúlio" (RAMON LLULL), o apoio da agência Flagra publicidade, Dr. Gildásio e do salão Anjo da Beleza. O longa tem estréia prevista para Dezembro deste ano nos principais cinemas do Piauíe e Maranhão. Logo, mais informações do filme experimental.

Filme piauiense Ai que Vida é um sucesso no Maranhão


O filme do cineasta maranhense Cícero Filho, “Ai que vida!”, é o grande sucesso do momento em cidades como Pio XII – MA, Bacabal – MA, Santa Inês – MA, Pedreiras – MA, Esperantinópoles – MA, Bom Lugar - MA, Floriano – PI, Teresina – PI e outras cidades do Nordeste. São poucas as pessoas que ainda não viram o filme ou que não ouviram falar sobre ele nas cidades acima citadas. O DVD, comprado nas bancas de camelôs ou copiado pelos fãs da obra, é comentário obrigatório nessas cidades. O incrível de tudo isso, diz Cícero Filho é que foram feitas pouquíssimas cópias originais desse filme, cerca de 300 DVDs apenas. Chega a ser assustador como “ai que vida” se alastrou, tudo culpa da pirataria”, diz Cícero as gargalhadas, completa ainda, “Fico feliz, ao ver que o “ai que vida”, está sendo aceito de forma positiva pela população. Difundir o cinema para a população menos favorecida é um foco primordial do meu fazer cinema. Meu maior lucro é ver as pessoas comentando que gostaram muito do filme, que se retrataram com o enrredo e as personagens!”, finaliza.